quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Walter Rosa

  
Walter Rosa

5/4/1925 Rio de Janeiro RJ
24/1/2002 Rio de Janeiro, RJ

Compositor. Cantor.

Em 1933, ainda criança, já freqüentava o Bloco Carnavalesco Filhos do Deserto, do bairro da Cachoeirinha, no Rio de Janeiro, entrando em contato com o samba.

No ano de 1942, transferiu-se para o Bloco Recreio de Inhaúma, onde conheceu Paulo da Portela e outros compositores.

Ingressou na Ala dos Compositores da Portela na década de 1950.

No ano de 1960 a Portela foi campeã com o samba enredo "Rio, capital eterna do samba". 

No ano seguinte, bi-campeã com "Jóias das lendas brasileira" (c/ Antonio Alves).

Em 1963, tri-campeã com "Exaltação ao Barão de Mauá" (c/ Antonio Alves), todos sambas de enredo de sua autoria.

Em 1966, participou do show "A fina flor do samba", no Teatro Opinião do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, participou de várias apresentações em emissoras de televisão. No ano seguinte, Roberto Silva gravou pela Copacabana Discos a sua música "A timidez me devora", em parceria com Jorginho Pessanha.

Em 1968, compôs com Silas de Oliveira "Legado de Getúlio Vargas", música para a peça "Dr: Getúlio, sua Vida e sua Obra", de Ferreira Gullar e Dias Gomes, encenada no Teatro Leopoldina, em Porto Alegre, sob a direção de José Renato. A peça também foi montada pela Companhia do Teatro Opinião, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Participou da fundação da Academia do Engenho de Dentro. Mais tarde, transferiu-se para o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Portela, passando a integrar a Ala dos Compositores, ao lado de Monarco, Noca da Portela, Picolino e Manacéia, entre outros.

Em 1973, ao lado de Martinho da Vila, Darcy da Mangueira, Noel Rosa de Oliveira e Silvinho da Portela, participou do disco "A voz do samba", no qual interpretou de sua autoria "É fracassar" (c/ Esly) e "1ª figura", em parceria com Pepe. Neste mesmo ano, sua música em parceria com Monarco,"Tudo menos amor", foi gravada por Martinho da Vila na RCA. No ano seguinte, Elizete Cardoso no LP "Feito em casa", incluiu de sua autoria "Peso dos anos", parceria com Candeia. Neste mesmo ano, Zuzuca gravou de sua autoria "Só Deus", em parceria com Jorginho Pessanha.

Em 1975, outras duas composições suas foram gravadas por cantoras de sucesso na época: "O Pior é saber", por Beth Carvalho no LP "Pandeiro e viola" (também gravada por Martinho da Vila) e "Vai, amor", por Clara Nunes.

Em 1976 gravou "Legado de Getúlio Vargas" em um LP editado pela Gravadora Abril Cultural.

No ano de 1983, o grupo Os Originais do Samba, no LP "Canta, meu povo, canta", gravou "Peito ferido" (c/ Noca da Portela).

Em 1997, Martinho da Vila interpretou de sua autoria "Nem ela, nem tu, nem eu", no CD "Coisa de Deus".

No ano 2000, Leci Brandão e Péricles interpretaram "Tudo menos amor" (c/ Monarco), no disco "Casa de samba 4", CD produzido por Rildo Hora para a gravadora Universal Music. 

No dia 23 de janeiro de 2002 um grupo de amigos e sambistas, entre eles Velha Guarda da Portela, Monarco, Paulinho da Viola, Tantinho da Mangueira, Décio Carvalho e Darcy da Mangueira, se reuniu para prestar homenagem a Walter Rosa. O grupo montou um show beneficente no teatro João Caetano, no qual foram relambrados clássicos do compositor. Na manhã seguinte, o compositor veio a falecer, em decorrência de uma diabete e com a qual vinha travando uma luta, que já tinha lhe custado a visão. Entre seus vários intérpretes estão Roberto Ribeiro e Roberto Silva. Neste mesmo ano, foi lançado o livro "Velhas Histórias, memórias futuras" (Editora Uerj), Rio de Janeiro, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor.

Em 2004 Martinália no CD "Pe do meu samba ao vivo" regravou "Tudo menos amor".

Obras:


1ª figura (c/ Pepe)
A timidez me devora (c/ Jorginho Pessanha)
É fracassar (c/ Esly)
Exaltação ao Barão de Mauá (c/ Antonio Alves)
Jóias das lendas brasileiras (c/ Antonio Alves)
Legado de Getúlio Vargas (c/ Silas de Oliveira)
Nem ela, nem tu, nem eu (c/ Picolino da Portela)
O Pior é saber
Peito ferido (c/ Noca da Portela)
Peso dos anos (c/ Candeia)
Rio, capital eterna do samba
Só Deus (c/ Jorginho Pessanha)
Tudo menos amor (c/ Monarco)
Vai, amor


Discrografia

(1973) A voz do samba • Selo Musicolor • LP
(1976) Walter Rosa • Gravadora Abril Cultural • LP

Show

A Fina Flor do Samba. Teatro Opinião, RJ.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Antônio Rufino



RUFINO

(03/03/1097 – 18/11/1982)


Nascido em 03 de março de 1907, Antônio Rufino dos Reis, filho de Rufino Esteves dos Reis e Teodomira Merenciana dos Reis, era o mais novo dos 3 amigos que tiveram a iniciativa de fundar o “Conjunto Carnavalesco de Oswaldo Cruz”.

Juntos, Antônio Rufino, Antônio Caetano e Paulo da Portela formaram o trio que decidiu os destinos da Portela em seus primeiros anos. Antônio Rufino foi fundador, compositor, dirigente, sócio número 1, durante os últimos anos de sua vida, e muito mais. Rufino foi fundamental para a história da Portela, tanto que costumava afirmar que ele e seus amigos Paulo e Caetano surgiram junto com a escola.

Na imensa galeria de grandes sambistas quase desconhecidos da história do nosso carnaval, Rufino é, com certeza, uma das figuras de maior expressão.

O Batuque Mineiro

Vindo de Juiz de Fora, Minas Gerais, Antônio Rufino chegou a Oswaldo Cruz no dia 20 de setembro de1920, indo morar na casa de uma tia, na Rua Pirapora. De Minas trouxe as lembranças da batucada e do samba rural, manifestações que iriam acompanhar o jovem rapaz pelo resto da vida. Sério e dedicado, Rufino sempre inspirou credibilidade e confiança, mesmo quando ainda era um menino. Seu primeiro emprego foi como servente de pedreiro numa obra em Jacarepaguá. Costumava fazer suas refeições na casa do amigo Paulo Benjamim de Oliveira, de forma que conseguia economizar alguns valiosos trocados.

A Fundação

A seriedade de Antônio Rufino era tanta que, aos 15 anos, já integrava e era um dos principais responsáveis pelo bloco “Baianinhas de Oswaldo Cruz”. Quando os desentendimentos com Galdino pareciam insuperáveis, e Caetano sugeriu que o grupo deveria fundar outro bloco, Rufino, assim como Paulo da Portela, apoiou e incentivou imediatamente a idéia. Mas os problemas não estavam na fundação, e sim em como superar as dificuldades que viriam nos primeiros anos. E é justamente na superação dessas dificuldades que está a maior contribuição de Rufino para o sucesso da Portela.

O “Procurador”

Fundado o bloco, a primeira grande dificuldade foi conseguir recursos para custear as despesas do grupo. Rufino, acostumado a “fazer milagre” e sobreviver com os parcos recursos que possuía, e cujo caráter todos conheciam e respeitavam, foi nomeado o primeiro tesoureiro da Portela, função chamada na época de “procurador”.

Para conseguir os recursos, Rufino cobrava pessoalmente uma mensalidade de quinhentos réis de cada portelense. O dinheiro obtido era investido na “caixinha”, responsável por empréstimos a juros baixos, e na venda de pequenos produtos, como cigarros, por exemplo.

Quando a Portela, na época ainda chamada “Vai Como Pode”, desfilava no Centro da cidade, Rufino era sempre o último a passar pela roleta, sendo o responsável pelo pagamento das passagens de todos os componentes. Certa vez, Rufino empenhou seu próprio terno para que a escola pudesse desfilar.

A Polêmica com Heitor dos Prazeres

A vitória no concurso de samba promovido por Zé Espinguela fez com que Heitor dos Prazeres ganhasse moral e assumisse a liderança do grupo. Trazido por Paulo, Heitor vinha de uma região onde a apropriação indevida da criação de outras pessoas era de certa forma comum. Ao contrário, Antônio Rufino pouco saía de Oswaldo Cruz, onde os laços de amizade ainda mantinham uma lealdade já distante das regiões centrais da cidade.

Foi se aproveitando dessa “ingenuidade” que Heitor apropriou-se indevidamente do samba “Vai Mesmo”, composto por Antônio Rufino.

“Vai mesmo,
Pra mim não causa pena
Pra fazer não tiveste remorso
Queres esconder
Mas culpa te condena
Quero me esquecer da ingratidão
Não posso”

O episódio, ocorrido em 1930, motivou o primeiro desentendimento entre Rufino, Caetano e Paulo, principalmente porque este último, amigo de Heitor, posicionou-se inicialmente contra os demais fundadores.

O Jongueiro

O jongo sempre fez parte da vida de Rufino. Seus primeiros contatos com essa manifestação rural foi ainda menino em Juiz de Fora. Mais tarde, Rufino passou a participar ativamente das várias rodas de jongo que se praticavam em Oswaldo Cruz.

O jongo e outras manifestações rurais tiveram fundamental importância na formação da Portela, e Antônio Rufino, sem dúvida alguma, foi um dos seus principais expoentes.

O Compositor

O batuque, trazido por Rufino da terra natal, se mistura em Oswaldo Cruz com as manifestações culturais que fervilhavam no período. Desenvolvendo a arte de compor letras, Antônio Rufino se torna um grande compositor, mais um dos vários poetas que a região gerou.

Foi de autoria de Rufino o segundo samba composto na Portela: “Favela tem o seu cruzeiro”, ainda sob a histórica árvore em cuja sombra foram realizadas as primeiras reuniões de nossa escola. Rufino integrou a primeira formação do conjunto da velha guarda da Portela, reunidos por iniciativa de Paulinho da Viola, em 1970.

A difícil tarefa de descrever o passado

No final dos anos 70, quando pesquisadores e professores começaram a se interessar pelo passado das escolas de samba, os velhos sambistas dos primeiros anos tiveram a difícil tarefa de descrever como tudo começou. Tarefa difícil, levando em consideração que precisavam lembrar de um passado distante e que não tinham a mínima idéia de que estavam vivendo um momento histórico que seria recontado anos mais tarde. É neste momento que Antônio Rufino é lembrado para contar o passado da Portela. Ninguém melhor do que ele, então sócio número 1 da Portela, protagonista de todo processo de formação da escola, para descrever como tudo aconteceu.

Muito da história da Portela que foi resgatada devemos à memória de Antônio Rufino, que sempre recebia a todos e contava a história de sua escola repleto de orgulho.

O reencontro com os amigos

Exatamente no dia 18 de novembro de 1982, aos 75 anos, Antônio Rufino partiu para o reencontro com os amigos Paulo e Caetano. Finalmente, após um longo período, o trio responsável pelo surgimento da Portela pôde se reunir novamente. Como Rufino orgulhosamente afirmava, ele, Caetano, Paulo e a Portela “surgiram juntos”. Agora, poderiam se reunir novamente, imortalizados na obra que deixaram para as gerações futuras. As dificuldades foram vencidas.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Romildo (Portelenses de Outrora)


Romildo Souza Bastos
 27/12/1941 Recife, PE 
 14/5/1990 Rio de Janeiro, RJ


Biografia

Compositor. Cantor. Nasceu na Ilha de Itamaracá. Pertenceu à Ala dos Compositores da Portela. Foi um dos compositores preferidos da cantora Clara Nunes, que gravou seus maiores sucessos. Faleceu vítima de um enfarto. Em 1990 foi produzido o documentário "Cheio de cantigas" sobre a vida e a obra do compositor. Filmado e dirigido por Valter Filé, com produção do CECIP (Centro de Criação de Imagem Popular) e TV Maxambomba, o autor de clássicos como "Conto de areia" (c/ Toninho Nascimento, gravado por Clara Nunes) e "A partilha" (c/ Sérgio Fonseca - gravado por Roberto Ribeiro) discorreu sobre sua obra e carreira, apresentando também diversas composições inéditas. Em 2009 o compositor foi homenageado pela Prefeitura de Mesquita (município da Baixada Fluminense) tendo seu nome sido dado a uma das ruas que dão acesso à praça Roque da Paraíba (outro compositor daquela região). Na ocasião da homenagem foi exibida na praça o documentário "Cheio de cantigas" e vários artistas locais participaram de uma roda de samba comandada pelo grupo Sambaixada.

Dados Artísticos

Em 1974, Elza Soares gravou "Primeiro eu" (com Toninho Nascimento), no LP "Quem é bom já nasce feito", pela gravadora Tapecar. Neste mesmo ano Clara Nunes interpretou "Conto de areia" (com Toninho Nascimento), que logo se tornou um grande sucesso em todo o país. Ainda neste ano, Elizete Cardoso gravou "Aroeira", "Cuíca e viola", "Flor misteriosa" e "Água de sereno", todas em parceria com Toninho Nascimento e incluídas no LP "Feito em casa", lançado pela gravadora Copacabana. 

No ano de 1975, Clara Nunes no disco "Claridade" gravou com sucesso outra parceria da dupla Romildo e Toninho, "A deusa dos Orixás". 

Em 1976 Elizete Cardoso gravou de sua autoria "Rio seco", parceria com Toninho Nascimento. Neste mesmo ano Clara Nunes interpretou "Fuzuê", parceria com Toninho Nascimento. 

No ano de 1977, Clara Nunes, incluiu no LP "As forças da natureza" outra composição: "Senhora das Candeias" (c/ Toninho Nascimento). 

Roberto Ribeiro gravou "Partilha" (c/ Sérgio Fonseca), em 1979, uma das músicas mais executadas no rádio naquele ano. 

Em 1981, Clara Nunes interpretou "Congada" (c/ Toninho Nascimento). No ano seguinte, a mesma cantora incluiu em seu disco "Nação", duas composições suas em parceria com Toninho Nascimento: "Menino velho" e "Vapor de São Francisco", ambas com grande sucesso. 

Em 1983, Jorginho do Império gravou "Casa de cômodo" (c/ Noca da Portela e Toninho Nascimento) no LP "Viva meu Samba". No ano posterior, foi lançado pela Coca-Cola um disco em homenagem ao natal. No LP "Pagode de Natal - A noite feliz dos bambas", o cantor Joel de Castro interpretou "Natal de fantasia", música de sua autoria em parceria com Ney Alberto e Edson Show. 

Em parceria com Edson Show foi vencedor de um dos sambas-enredo mais cantados da Mocidade Independente de Padre Miguel, "Tem muamba, cordão de ouro, chapéu, anel de bamba...". Agepê gravou de sua autoria "Batuque de semba" (com Alex e Paulinho Rezende). 

Em 1986, Agepê voltaria a gravar mais uma de suas composições, desta vez "A rainha Ginga" (com Sérgio Fonseca), que fez razoável sucesso. 

No ano seguinte, o cantor gravou outra parceria da dupla Romildo/Sérgio Fonseca, "São Jorge da Costa da Mina". Ainda em 1987, Marquinhos Satã incluiu "Um samba sem dó" (com Paulinho Rezende), no LP lançado pela gravadora Ariola. 

Em 1989, a gravadora EMI lançou o LP "Clara Nunes - O canto da guerreira", disco no qual foram compilados alguns sucessos da cantora, entre eles "Conto de areia" e "A Deusa dos Orixás". No ano seguinte, Noca da Portela e Mussum interpretaram "Cabeça-de-porco" (com Noca da Portela e Toninho Nascimento) no disco "Brasilidade", de Noca da Portela e Roberto Serrão, pela gravadora Fama. 

No ano de 1994, a gravadora EMI lançou série "Dois em um - Clara Nunes", disco no qual foram incluídas as músicas "Menino velho" e "Vapor de São Francisco". No ano seguinte, no disco "Clara com vida", produzido por Paulo César Pinheiro em homenagem à cantora, foi acrescentada a voz de Milton Nascimento na música "Conto de areia". 

Em 1997, Mart'nália no disco "Minha cara", regravou "Conto de areia". 

Em 2002, foi lançado o livro "Velhas Histórias, memórias futuras" (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor. 

No ano de 2003, Nilze Carvalho interpretou "A deusa dos Orixás" (com Romildo) no CD "Um ser de luz - saudação à Clara Nunes". 

Em dezembro de 2004 o Cecip (Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular) e o Museu da República, apresentaram o evento "Cheio de cantigas" dentro do "Projeto puxando conversa". O evento exibiu o vídeo que retrata a vida e a obra do compositor Romildo. Na ocasião, vários amigos e parceiros fizeram a tradicional roda de samba que acompanha as edições do projeto. O evento, em homenagem a Romildo falecido na década de 1990, reuniu diversos sambistas. 

Em 2008 a gravadora EMI, em parceria com a Globo Marcas, lançou o DVD "Clara Nunes - Os musicais do Fantástico das década 70/80", no qual foram compilados os clipes produzidos pela emissora nas décadas de 1979 e 1980 para o programa "Fantástico", trabalho no qual foram incluídos os clipes "Conto de areia" e "A Deusa dos Orixás", sobre suas composições em parceria com Toninho Nascimento. 

Entre seus vários parceiros destacam-se os poetas Sérgio Fonseca (em várias inéditas e gravadas) e Paulo César Pinheiro, com quem compôs “Cipriana", gravada em 1985 pela cantora Milena. 

Obra

A Deusa dos Orixás (c/ Toninho Nascimento)
A rainha Ginga (c/ Sérgio Fonseca)
Água de sereno (c/ Toninho Nascimento)
Aroeira (c/ Toninho Nascimento)
Batuque de semba (c/ Alex e Paulinho Rezende)
Cabeça-de-porco (c/ Noca da Portela e Toninho Nascimento)
Casa de cômodo (c/ Noca da Portela e Toninho Nascimento)
Cipriana (c/ Paulo César Pinheiro)
Congada (c/ Toninho Nascimento)
Conto de areia (c/ Toninho Nascimento)
Cuíca e viola (c/ Toninho Nascimento)
Ela não vai gostar de mim (c/ Toninho Nascimento)
Flor misteriosa (c/ Toninho Nascimento)
Fuzuê (c/ Toninho Nascimento)
Menino velho (c/ Toninho Nascimento)
Meu improviso (c/ Sérgio Fonseca)Inédita
Natal de fantasia (c/ Edson Show e Ney Alberto)
Partilha (c/ Sérgio Fonseca)
Primeiro eu (c/ Toninho Nascimento)
Rio seco (c/ Toninho Nascimento)
São Jorge da Costa da Mina (c/ Sérgio Fonseca)
Senhora das Candeias (c/ Toninho Nascimento)
Tem muamba, cordão de ouro, chapéu, anel de bamba (c/ Edson Show)
Um samba sem dó (c/ Paulinho Rezende)
Vapor de São Francisco (c/ Toninho Nascimento)

Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006. 
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014. 
CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso - Uma vida. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, S/D. 
CAMPOS, Conceição. A letra brasileira de Paulo César Pinheiro: uma jornada musical. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2009. 
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música brasileira - erudita, folclórica e popular. 2 v. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977. 
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira - erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998. 
SEVERIANO, Jairo e MELO, Zuza Homem de. A canção no tempo. 2. v. São Paulo: Editora 34.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Jorge do Batuke (O Guerreiro Portelense)


JORGE DO BATUKE
- O Guerreiro Portelense -


O COMPOSITORES DA PORTELA BLOG entrevistou o Compositor Portelense Jorge do Batuke e mostra mais um pouco daquele que, com seus parceiros, foram os grandes Campeões num ano em que a Guerreira Portelense será a grande homenageada!


BLOG:  Acompanhamos, a muito, a sua trajetória dentro da PORTELA, seu batalhar para ter, definitivamente, seu nome gravado na história da Escola!  Como foi todo esse trajeto?

BATUKE:  Quando comecei a disputar samba, já desfilava na PORTELA a muito tempo!  Desde pequeno, era meu sonho ser Compositor, até porque meu pai disputava samba.  Cresci vendo isso!  Em 2008, Darcy Maravilha, meu padrinho, me convidou para uma parceria com ele!  Em 2009 fiz o samba em homenagem à Tabajara do Samba!  No mesmo ano disputei samba, sendo logo eliminado, não sei o porque!  Em 2012, mais uma vez, coloquei samba ainda como coadjuvante!  Em 2013, foi a primeira parceria comandada por mim, alcançando a sexta colocação! Em 2014/2015, cheguei ao vice-campeonato!  Em 20015/2016, participei com o Samba dos Crias!  Em 2017/2018, voltei a comandar a parceria!  E nesse ano tive a felicidade de vencer o Concurso!  Ninguém nasce pronto, cada um tem um dom e tem que desenvolver!

BLOG:  Sempre deixamos claro o segmento da Jovem Guarda Portelense!  É importante essa renovação?

BATUKE:  Lembro o samba de Mestre Alvaiade:  ".... o dia se renova todo o dia,  eu envelheço cada dia e cada mês..".  É a lei natural das coisas, tudo se renova!  Estou com 39 anos, e já tenho muito tempo na estrada do samba!  Hoje tenho consciência que a renovação é saudável para a Escola de Samba, sem renovação, o samba vai morrer!  A prova disso foi a final desse ano!   A PORTELA dá essa oportunidade!  Queira ou não queira é a Ala de Compositores mais respeitada em todas as escolas!

BLOG:  Por todos os concursos que você participou dentro da PORTELA, o de Samba de Enredo é, realmente, o mais importante?

BATUKE:  Todos os dois Concursos são importantes!  O samba de terreiro faz aquilo que o coração manda, já o de Enredo tem que seguir a um cronograma, não pode arriscar muito!  Os dois tem graus de dificuldades!  E nos concursos, graças a Deus, estou entre os destaques, como nos últimos seis anos, o que me orgulha!

BLOG:  Você é um exemplo do processo de evolução que surgiu dentro da Escola!  Existe uma fórmula para tal?

BATUKE:  A fórmula para o processo de evolução é o amor, respeito, dedicação, acreditar sempre e nunca desistir!  Esse é o segredo do processo de evolução!  A PORTELA é a extensão da minha casa!

BLOG:  Nesse processo vitorioso você pode nos falar de nomes que te deram apoio para prosseguir a caminhada?

BATUKE: Não vou citar ninguém em especial, foram muitos que me ajudaram, me deram força e seria muito injusto citar!  Só quero agradecer a todos e em especial a nossa parceria!

BLOG:  Verificamos que você não recorre a personagens conhecidos dentro da PORTELA para disputar seus campeonatos!  Porque a postura?

BATUKE:  Não se precisa se aliar a nomes conhecidos mas sim fazer um bom samba!  Procuro fazer samba para os amigos!  A minha parceria é uma parceria de amigos, nos vemos o ano todo, esse é o segredo!  A PORTELA  para mim está acima do ganhar ou perder!  Sempre busquei levar meu nome ao sol, muitas vezes criticado por isso, mas acreditei nos parceiros e, graças a Deus, fizemos um samba que as pessoas aprovaram!

BLOG:  Esse ano em que a PORTELA levará a homenagem à Clara Nunes, você e sua parceria triunfaram!  O que é falar de Clara Nunes para você?

BATUKE:  Falar de Clara Nunes é a coisa mais natural do mundo!  Falo de Clara Nunes todos os dias da minha vida!  Não há um dia que não passe pela placa em que está o nome dela!  Ela faz parte da minha vida a trinta e um anos!

BLOG:  Qual foi o segredo para se atingir a unanimidade, fator tão difícil, pelos portelenses?

BATUKE:  A emoção foi o segredo para atingir a quase unanimidade!  A unanimidade, nenhum samba atinge!  Falar com o coração, esse foi o segredo!  Falar em primeira pessoa, você construir um samba em primeira pessoa, esse foi o segredo!

BLOG:  Para você, existe mais algum objetivo maior do que o já alcançado esse ano?

BATUKE:  Trazer grandes nomes para a Escola, poder corresponder na avenida!  Esse é o nosso maior objetivo!  Fazer os portelenses cantarem com amor é o grande objetivo!

BLOG:  Você, com sua garra e persistência, conseguiu o título máximo dentro de uma Escola de Samba, que é ser CAMPEÃO!   O que você diria para aqueles que têm esse sonho a alcançar?

BATUKE:  A ficha não caiu!  Que as pessoas acreditem no seu sonho e que nas horas mais difíceis, em que ninguém acredita em você!  Eu não desisti da busca do objetivo e Deus agraciou a nossa parceria em vencer essa disputa!  Como compositor, todos os meus objetivos foram alcançados e posso dizer que sou muito privilegiado em ter conseguido tudo que tracei!

BLOG:  A PORTELA levará para a avenida, além de um enredo sonhado a muito, um samba seu!  Já imaginou a emoção na hora de ver sua obra ser cantada pela Escola?

BATUKE:  Ainda não pensei como será a emoção!  Estou centrado nos ensaios!  Faltam alguns meses, e se ficar pensando muito, não vou conseguir nem dormir!  (rs..)

BLOG:  O que os portelenses podem esperar de JORGE DO BATUKE, daqui para frente?

BATUKE:  Que continua sendo a mesma pessoa, com a mesma garra de antes, humilde, respeitando os adversários, apaixonado por aquilo que faz e mais temente a Deus do que antes!  Isso é que o portelense pode esperar de mim!



O BLOG agradece e parabeniza você e parceiros pelo triunfo!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Canário

 

Canário 

 Verner Raimundo de Macedo

* 17/9/1949 Cororipe do Sol, AL


Biografia


Compositor.  Integrou a Ala de Compositores da Portela.  Foi companheiro de trabalho de Agepê (Antônio Gilson Porfírio) na Companhia Telefônica Telerj.  

Dados Artísticos  

Em 1975, sua composição "Moro onde não mora ninguém" (c/ Agepê) foi gravada pelo parceiro em um compacto simples, fazendo enorme sucesso, lançando para o grande público o cantor e compositor Agepê, que passou a gravar as composições da dupla: 

-  Em 1985, "Alegria no ar" (c/ Agepê e Totonho) e "Na paz do congá" (Canário e Edil Pacheco); 
-  Em 1986, "Dançando forró" (c/ Agepê e Pery Cachoeira), "De todas as formas" (c/ Agepê e Zé Katimba) e "Inspiração" (c/ Chiquinho Fabiano e Agepê); 

-  Em 1987, no disco lançado pela gravadora Philips, incluiu "Dona do meu ser", "Louca", "À procura da flor" e "Primeiro beijo", todas em parceria com Beto Correa e Agepê. 

-  Em 1988, em seu LP "Canto pra gente cantar", interpretou "À mercê do teu amor", "Flor da minha paixão"e "Deusa do Gantóis", entre outras. Constam ainda como composições da dupla as músicas "Menina dos cabelos longos", "Moça criança", "Mundo bom".  

Em 1995, seu samba-enredo "Essa gente bronzeada mostra seu valor" (c/ Agepê e Bira Caboclo), foi cantado na última apresentação do companheiro Agepê na Quadra da Portela.

Obra

À mercê do teu amor (c/ Agepê, Roberto da Lopes e Simões PQD)

À procura da flor (c/ Agepê e Beto Corrêa)

Alegria no ar (c/ Agepê e Totonho)

Dançando forró (c/ Agepê e Pery Cachoeira)
De todas as formas (c/ Agepê e Zé Katimba)
Deusa do Gantóis (c/ Agepê e Pery da Bahia)
Dona do meu ser (c/ Agepê e Beto Corrêa)
Essa gente bronzeada mostra seu valor (c/ Agepê e Bira Caboclo)
Flor da minha paixão (c/ Agepê e Roberto Lopes)
Infinito amor (c/ Agepê e Galhardo)
Inspiração (c/ Agepê e Chiquinho Fabiano)
Louca (c/ Agepê e Beto Corrêa)
Menina dos cabelos longos (c/ Agepê)
Moça criança (c/ Agepê)
Moro onde não mora ninguém (c/ Agepê)
Mundo bom (c/ Agepê)
Musa de Ordonho (c/ Agepê e Totonho)
Na paz do congá (c/ Edil Pacheco)
Ninguém faz amor como você (c/ Agepê e Léo da Vila)
Parece que o tempo não passou (c/ Carlito Cavalcanti e Agepê)
Primeiro beijo (c/ Agepê e Beto Corrêa)
Proeza no coração (c/ Agepê e Totonho)

Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed.Esteio Editora, 2010.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Abraão Valério

Abraão Valério

Hélio Dias Valério
 4/8/1940 Rio de Janeiro, RJ 
+ 22/12/2017 Rio de Janeiro, RJ
Biografia

Cantor. Compositor. Instrumentista. Passista.  Percussionista, tocou em vários espetáculos surdo, pandeiro e tamborim.

O pai, Manoel Dias Valério, funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil, era violonista amador, além de tocar pandeiro e berimbau. A mãe, Francisca Dias Valério, teve aulas de canto em Juiz de Fora e atuou em coros de igrejas no Rio de Janeiro.

Ainda menino na década de 1940, levado pelo pai, participava do Bloco Carnavalesco da Dona Belega, no subúrbio de Marechal Hermes.

Na década de 1960, ao lado de Candeia, Joãozinho da Pecadora, Jair do Cavaquinho, Jabolô, Mílton Cebola, Ary do Cavaco, Waldir 59 e Eloy do Bloco Carnavalesco Namorar Eu Sei, entre outros, participou várias vezes do "Pagode no trem", evento criado por Paulo da Portela.

Em várias ocasiões, em discos e shows, também assinou com o pseudônimo Abraão da Portela.

A partir do ano de 1976, com os sambas-de-quadra "Rosas vermelhas" e "Sonho de um portelense", passou a integrar a Ala dos Compositores da Portela, sempre conseguindo boas classificações com sambas-enredos de sua autoria nas disputas dentro da escola. No ano seguinte assumiu o cargo de Secretário Geral do Departamento Musical da Portela.

Entre os anos de 1992 e 1993 atuou na Riotur como jurado do quisito "Bateria, harmonia e samba-enredo" nos desfiles das escolas de samba dos grupos 3 e de Acesso apresentados na Avenida Rio Branco.

Ingressou no Serviço Público no SUS (Ministério da Saúde), onde formou-se em Técnico de Endemias, aposentando-se em 1996.

No ano de 1998 estudou artes dramáticas com o professor Paullo de Souza, no Sesc de Madureira, tendo participado da peça "Faz me rir".

Dados Artísticos

Em 1952 defilou como passista e mascote da Escola de Samba Unidos do Indaiá, de Marechal Hermes.

Nos anos 60 desfilou como passista da Escola de Samba Portela.

Em 1976 Jota Ramos interpretou de sua autoria em parceria com Zé Clóvis "Aqui se faz aqui se paga" no LP "Olé do partido alto Volume 4", lançado pela gravadora Tapecar. Neste mesmo ano foi campeão de samba-enredo no Bloco Carnavalesco Carinhoso de Bento Ribeiro, tendo sido o primeiro compositor de bloco a receber "Direito Autoral de Arena". No ano seguinte, também com o pseudônimo Abraão Valério, participou do disco "O plá dos partideiros", lançado pela gravadora EMI-Odeon, no qual interpretou de sua autoria "Quem comeu passou mal" (c/ Arthur Vilarinho) e "Olho no forasteiro", em parceria com Sílvio Cláudio.

No ano de 1980 Dicró gravou "A recepção", parceria de Dicró, Jota Ramos e Abraão da Portela, este último, também um de seus pseudônimos. No ano seguinte, também assinando Abraão da Portela, sua composição "O professor" (c/ Dicró e Jota Ramos) deu título ao disco de Dicró, lançado pela gravadora Continental.

Em 1985 participou ao lado de Baianinho, Gracia do Salgueiro, Anézio, Tião do Cavaco, Luiz Grande, Marinho da Muda e Crioulo Doido, entre outros, do LP "Partido alto já!", no qual interpretou de sua autoria as faixas "O rei da animação" (c/ Carlos Agrícola) e "Nega esperta", em parceria com João Albuquerque.

No ano de 2007 o cantor Ronaldo Pudim, no CD "Revivendo os bons tempos", lançado pela Casa do Compositor Musical, interepretou "Sonho portelense", de Abraão Valério.

Obra

A recepção (c/ Dicró e Jota Ramos)
Aqui se faz aqui se paga (c/ Zé Clóvis)
Nega esperta (c/ João Albuquerque)
O professor (c/ Dicró e Jota Ramos)
O rei da animação (c/ Carlos Agrícola)
Olho no forasteiro (c/ Sílvio Cláudio)
Quem comeu passou mal (c/ Arthur Vilarinho)
Sonho portelense


Discografia

(1985) Partido alto já! • Gravadora Lança • LP
(1977) O plá dos partideiros • EMI-Odeon • LP


Shows

Roda de samba no Bloco Carnavalesco Carinhoso de Bento Ribeiro. RJ.
Roda de samba do Bloco Carnavalesco Vem Como Pode. RJ.
Roda de samba na Portela. RJ.
Roda de Samba do Guanabarino. (Abraão Valério, Ary do Cavaco, Tião da Portela, entre outros). Clube Guanabarino, RJ.
Lançamento do CD "Revivendo os bons tempos" (vários). Clube Bola Preta, RJ.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Zeca Sereno (Entrevista)


CPB: Nome e idade?

Sereno: José Roberto Marciano dos Santos, 28/02/1954.

CPB: Desde quando você compõe?

Sereno: Comecei em 1982 na SERES Unidos do Cabuçu, passei por Lins Imperial, Caprichosos de Pilares, Santa Cruz e Unidos da Tijuca.

CPB: Além de ter concorrido na PORTELA 2018, nos fale do seu atual momento!

Sereno:  Continuar compondo na PORTELA, sambas enredo, de quadra e de meio ano também.

CPB: Como Compositor da Escola de Oswaldo Cruz, como você vê o retorno da PORTELA ao seu devido lugar?

Sereno:  Merecido.

CPB:  Quais os seus planos em relação ao futuro como compositor?

Sereno: Sempre compondo na minha Escola do coração.

CPB: Participar do Concurso de Samba Enredo na PORTELA já é uma honra, visto que se fala da Ala Ary do Cavaco.  Diga-nos um pouco sobre tal responsabilidade!

Sereno:  Responsabilidade muito grande e prazeirosa.

CPB:  Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?

Sereno:  João Nogueira, Almir Guineto, Clara Nunes, Jovelina e outros mais.

CPB: Na definição de uma obra, quanto a elaboração como você se define?  Letra e/ou melodia?

Sereno: Letra.

CPB:  Atualmente, o que você, como compositor experiente, falaria aos jovens compositores?

Sereno:  Tanta coisas, até porque tenho 2 em casa que já estão compondo comigo.

CPB:  Você tem algum sonho?

Sereno:  Vários por exemplo ganhar outro, samba na PORTELA.

CPB: Como portelense, o que você espera da PORTELA em 2018?

Sereno:  A vigésima terceira estrela!


Desde já, agradecemos a sua participação!